domingo, 28 de junho de 2009

A um passo da eternidade











COMENTÁRIO DO RAFINHA



Clássico absoluto vencedor de 8 Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor, "A um Passo da Eternidade" é formado por cenas memoráveis e marcantes, principalmente a famosa cena do beijo na praia e os ataques japoneses. Contando com um super elenco de peso, Fred Zinnemann fez um trabalho de extrema competência utilizando o estratégico roteiro de Daniel Tadarash. Algumas quebras de ritmo chegam a incomodar um pouco, mas nada que chegue a ser muito prejudicial para a finalização redondinha. Fred Zinnemann usa e abusa de sua extraordinária produção para dar o maior realismo possível para o filme. Os dois romances são envolventes e cativantes. Mas quando o filme tenta fugir um pouco de suas bases de romance ele falha, principalmente quando tenta construir uma rivalidade entre o protagonista e um dos comandantes. Outro ponto negativo do filme é algumas coisas que surgem com um certo artificialismo, como por exemplo toda a história envolvendo a briga entre Maggio e o capitão. Não consegue aparecer de maneira natural. Talvez sem o grande elenco que tem "A um Passo da Eternidade" nem seria um ótimo filme como é. Burt Lancaster e Deborah Kerr protagonizam uma cena fantástica na praia, além de encantar e emocionar em seus romances. Uma expressão, um jeito, um caminhar, tudo parecer ser bem real no amor entre eles, as melhores atuações do filme. Montgomery Cliff também faz um trabalho fantástico, principalmente se levar em conta a dificuldade do personagem. Frank Sinatra tem uma atuação de coadjuvante presente, mas o personagem não é dos melhores. Porém, ele o conduz bem, o que acaba até enganando o artificialismo do personagem .



A produção é fabulosa, desde a fotografia encantadora de Burnett Guffey até a ótima trilha sonora de George Duning. A direção de arte feita por Cary Odell é bem concreta e trabalhada, assim como o detalhado trabalho de figurino corteziado por Jean Louis. Quem saiu ganhando com esse time perfeito foi o diretor Zinnemann, que não desperdiçou essa brilhante produção. "A um Passo da Eternidade" é um clássico marcante que mistura drama, guerra, romance e até mesmo comédia como poucos filmes conseguiram até hoje. Méritos para Fred Zinnemann, que só falhou um pouco no ritmo do filme, que às vezes se torna um pouco cansativo e arrastado. Mas quando chegam os ataques em Pearl Harbor é difícil não ter toda a atenção voltada ao filme. Uma seqüência fantástica, principalmente se levar em conta que o filme é de 1953. "A um Passo da Eternidade" tem lá seus diálogos patrióticos, mas não irritam. Para quem gosta de um bom romance, esse clássico é precioso."




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